Olá a todos... é verdade que já vem com algum atraso, pois o dinamismo das actividades assim o obriga! Mas venho aqui publicar mais um texto da nossa guia de grupo pioneiro com um mui pequeno resumo da AVENTURA Jamboree Açoreano 2009.
A nossa grande actividade
Mais uma aventura aproximava-se…desta vez os pioneiros juntamente com o seu agrupamento, partiram na conquista do ”Passado, presente e futuro”nas lindas ilhas açorianas, mais propriamente em S.Miguel. O seu objectivo era a participação no Jamboree Açoriano no qual, o nosso agrupamento participa assiduamente edição após edição.
Mas claro, que com tanto esforço e trabalho para conseguir o dinheiro…bem merecíamos umas feriazinhas. Foi por isso que os dois dias antes, os pioneiros e exploradores tiveram do bom e do melhor passeando turisticamente pela ilha de S.Miguel..
Habituados a estes “pequenos luxos” heis -que chegou a hora de arrumar novamente as mochilas e entrar em campo, não sem antes termos de esperar algumas horas pelo autocarro.
Mas tudo se resolveu, tivemos de subir um bocado até campo e instalamo-nos, ficamos longe dos nossos chefes e da nossa outra equipa bem como dos nossos exploradores.
O primeiro dia e o segundo em campo…destinaram-se á montagem de campo…era preciso torná-lo o mais confortável e funcional possível, pois aquela seria a nossa casa durante sete dias.
A abertura oficial foi um pouco diferente…algo a que não estamos habituados e talvez um pouco monótona.. Mas depressa veio a noite e com ela a eucaristia e a festa de campo onde a nossa região improvisou um Bailinho da Madeira, no entanto era necessário ir para as tendas e descansar pois no outro dia começavam as actividades porque tanto ansiávamos.
O campo dos pioneiros estava dividido em 4 sub-campos que representavam os ciclos económicos e cada um destes faziam as mesmas actividades que depois rodavam.
O meu sub-campo era “vaca” e começamos por uma longa viajem que nos levou até ao Nordeste onde aprendemos a fazer bonecas de palha (ou fingimos que aprendemos). Com a tarde veio a adrenalina das actividades radicais, como aventureiros que somos quisemos experimentar tudo, e ainda bem que assim foi. A viajem de volta a campo demorou cinco horas em que o CD que passava no autocarro rodou umas 8 vezes.
No dia seguinte descemos a pé até a praia onde podemos participar nas actividades náuticas: brincamos na areia, andamos de caiaque (muitos encalharam), jogamos badmington entre outros…foi uma actividade bem divertida. A pior parte foi subir a pé para campo sobe o sol das 17 horas e sabendo que o dia que nos esperava ia ser duro pois iríamos fazer o“terrível raide” em que todos os pioneiros falavam. Nessa noite tivemos karaoke e tivemos animados a uma de manha.
Nasceu um novo dia mas com ele não nasceu o sol, chovia a potes e nos preparados para o raide…encolhidos na nossa cozinha íamos cantando para não nos aborrecermos enquanto os chefes decidiam se o raide iria se realizar ou não. A decisão foi tomada, e lá partimos muito animados para o raide, após subirmos uma hora e um quarto e de tanto praguejarmos a subida chegamos á Lagoa do Fogo. Afinal, tudo valeu a pena, a vista era magnifica. SIM! Sem duvida era a mesma lagoa pela qual tínhamos passado uns dias antes de carro…mas naquele dia estava mais bonita porque só devido ao nosso esforço e que podemos desfrutar daquela beleza. Descemos até beira agua e fomo-nos enterrando na areia molhada deixando as nossas pegadas no areal. Toda aquela beleza despertou em nós um sentimento de alegria e união incalculável. O nosso raide acabou na caldeira velha onde pudemos comprar COMIDA e descansar os nossos pés. Desta vez, não fomos levados para campo mas sim, para uma escola de Ponta Delgada o que nos agradou a ideia de virmos a ter agua quente. Será...? Depressa, as nossas dúvidas foram esclarecidas com um verdadeiro” banho de agua fria”
O último dia de actividade esperava-nos, e desta vez não fomos acordados pelas vozes que tanto nos aborreciam a cantar “Açores sempre alerta...” na rádio logo pela manhã, nem tão pouco nos levantamos as sete da matina como em campo. Bónus de ser o ultimo dia? Partimos então a descoberta de monumentos e edifícios da Ponta Delgada os quais tínhamos de fotografar…mas o cansaço já era muito e no fim do jogo sentamo-nos a beber uma coca-cola gelada e a ver televisão…que saudades!
A última actividade foi o concerto... Todo o Jamboree reunido numa sala de espectáculos, era a última noite tudo estava ao rubro, era a despedida, era o inicio de amizades á distancia, era as ultimas oportunidades para conseguir o mail daquele escuteiro… Mas a subida para campo foi o melhor foi a cereja no topo do bolo, em carrinhas e camiões de caixa aberta lá íamos todos espremidinhos a cantar.
O jamboree acabou, a tristeza invadiu o campo, já não se ouvia o hino a entoar na rádio de campo, o colorido das tendas tinha desaparecido, só se via abraços e choros, fardas cobertas de terra pela semana que tiveram, lenços onde no lugar do branco surgiu o castanho da terra, cabelos desgrenhados pelos banhos de água fria e produtos ph neutro...
Apesar de alguma falta de organização, e de termos passado um bocado de fome foi mais uma experiencia, foi mais uma troca de conhecimentos, foi o culminar da união do nosso grupo que após uma semana em campo, separados, uma semana difícil, quando se uniu estava mais forte do que nunca e cheio de saudades.
Nessa noite (depois de tirarmos a barriga da miséria) lobitos, exploradores, pioneiros, caminheiros e dirigentes levados também pelo cansaço… reuniram-se para partilhar tudo o que conheceram e tudo o que aconteceu nessa semana, e só assim é que uma actividade vale a pena, quando é transmitida aos outros e passa para além do pórtico do acampamento.
O Jamboree valeu a pena!
Uma canhota amiga:Beatriz Camacho
Mais palavras para quê... :) Uma canhota a todos
Gatinha Astuta